A ultrassonografia é um dos principais exames a serem realizados durante o pré-natal. Já no primeiro trimestre, é um importante instrumento para identificar a localização correta da gestação, calcular com precisão a idade gestacional e identificar a vitalidade do embrião.

Entre 12 e 14 semanas gestacionais, é realizado o chamado morfológico de primeiro trimestre, onde, através de marcadores ultrassonográficos, calcula-se o risco para determinadas síndromes genéticas, como a trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down). Além disso, já se é capaz de identificar diversas estruturas da anatomia fetal, possibilitando a predição e o prognóstico de algumas malformações.

A partir de 16 semanas, a ultrassonografia já é capaz de identificar com precisão o sexo do bebê e costuma ser um exame bastante aguardado pela gestante.  Com 5 meses, mais precisamente entre 22 e 24 semanas, é indicada a realização do morfológico de segundo trimestre, período no qual há uma grande sensibilidade para uma avaliação minuciosa de toda a anatomia fetal. Atualmente está indicada a complementação deste exame com a ultrassonografia transvaginal, para avaliação do colo uterino e consequente avaliação de risco para parto prematuro.

Nos meses subsequentes, em gestações que estão evoluindo sem intercorrências, a maioria dos obstetras solicitam a avaliação ultrassonográfica mensal, principalmente para avaliação do crescimento e bem estar fetal, através da complementação com a dopplerfluxometria. Neste período, particularmente entre 28 e 32 semanas de gestação, algumas gestantes optam pela ultrassonografia 3D/4D, que permite, dependendo da posição do bebê, um maior detalhamento principalmente da face fetal.

Desta forma, tal como com o obstetra, acaba-se criando um vínculo gratificante entre a gestante e seu ultrassonografista, de tal monta que muitas das pacientes retornam na gestação posterior para novo acompanhamento!

 

Dr Mauro Arenazio